Era domingo. O sol filtrava pela cortina da sala, riscando o chão com listras douradas que dançavam conforme o vento agitava levemente o tecido. Giovanni dormia no moisés portátil, logo ao lado do sofá, com uma mãozinha para fora da coberta azul-clara. Max estava na cozinha, de camiseta branca e calça de moletom cinza, preparando café da manhã — o que, para ele, significava uma guerra de panelas e muita tentativa.
Eu estava na mesa, terminando de responder e-mails da EaseUp enquanto o cheiro de café recém-passado invadia o apartamento.
— Tá quase pronto — ele disse, surgindo na porta da cozinha com duas xícaras nas mãos. — E olha... nenhuma fumaça dessa vez.
— Uau — falei, rindo, pegando minha xícara. — Isso significa que estamos evoluindo?
— No mínimo, queimar ovos mexidos não é mais um talento meu. — Ele sentou à minha frente, me observando com aquele olhar. — Dormiu bem?
— O suficiente. Giovanni acordou só duas vezes. Já considero uma vitória.
— E você?
— Eu também acordei só duas