Fazia sol naquela manhã. O tipo de sol que não queima, só abraça. A luz atravessava a cortina branca da sala, desenhando padrões suaves no tapete. Giovanni estava deitado de bruços sobre uma manta, com as perninhas gordinhas chutando o ar e os bracinhos agitados, como se quisesse levantar voo. Ele estava rindo sozinho. Sabe aquele riso de bebê que é puro som e leveza? Era isso.
— Você tá de bom humor hoje, hein, meu amor? — murmurei, ajoelhada ao lado dele, enquanto ajeitava o body azul-claro que já começava a ficar apertado. — Será que você sonhou que estava voando?
Giovanni respondeu com um som animado, como se realmente quisesse conversar. Era impressionante como, em tão pouco tempo, ele já sabia me olhar nos olhos, responder com o corpinho, sorrir com toda a alma.
Ouvi passos na cozinha. Max.
Ele apareceu com o cabelo bagunçado, ainda de pijama — e com Giovanni, isso significava uma calça de moletom e uma camiseta básica — e duas canecas nas mãos.
— Chá com mel e limão pra minha m