O sol atravessava as cortinas do quarto, espalhando um brilho suave que aquecia a madeira clara do chão. Giovanni estava aninhado no meu colo, os olhinhos semicerrados depois da mamada da manhã, e eu sentia aquele misto de exaustão e plenitude que só a maternidade traz. O quarto ainda tinha vestígios do caos da primeira semana — uma mamadeira esquecida na cômoda, uma pilha de fraldas limpinhas esperando serem organizadas, e um ursinho azul que Max comprou e insistiu em colocar bem ao lado do berço.
Max estava no chão, deitado de barriga pra cima, fazendo caretas exageradas para Giovanni, mesmo com ele praticamente dormindo.
— Isso aí é charme, né? Fingindo que vai dormir pra não rir da minha cara. Igualzinho à mãe — murmurou, sorrindo com aquele carinho que fazia meu peito doer de um jeito diferente agora.
— Ele tá é cansado — respondi baixinho, ajeitando o bebê com cuidado. — Mamou como se fosse a última refeição da vida dele.
Max riu, apoiando a cabeça no braço.
— Filho de peixe, né