Eu nunca imaginei que um dia seria tomado por algo tão simples, tão... vulnerável. Porque eu era um homem de negócios. Um homem de controle, de poder, de decisões rápidas e firmes. Eu não tinha tempo pra me perder nas bobagens que outros se perdiam, com sentimento, com romance. Achava que isso era coisa de gente fraca. Até ela.

Foi numa reunião. Uma das tantas em que eu deveria estar apenas focado na grana, no contrato, nas negociações. Mas o maldito dia me pegou desprevenido.

Ela estava lá. Não sei se foi a luz que entrava pela janela, ou se era a maneira como ela estava sentada, com as mãos sobre a mesa, ou até o cabelo dela, que caía por entre os ombros como uma cachoeira, sem pressa, sem esforço. O que eu sei é que, naquele momento, toda a merda da reunião virou um borrão atrás de uma parede de vidro. Só existia ela. A maldita.

Charlotte Grant. Uma simples secretária, um nome de nada pra quem estava acostumado a lidar com pessoas poderosas. Ela não estava no meu radar. Até que est