O despertador tocou, mas, pela primeira vez em semanas, eu acordei antes dele.
Abri os olhos devagar, deixando o sol que entrava pela fresta da cortina aquecer meu rosto. Não havia pesadelos naquela noite. Nem lembranças que me sufocassem. Apenas a voz do Matteo ecoando na minha mente, dizendo que ia segurar minha mão em cada passo. E meu coração... bem, ele parecia mais leve.
Passei a mão pela barriga e sorri.
— Bom dia, neném. Hoje a mamãe acordou bem — sussurrei, a voz ainda rouca de sono.
Estiquei os braços, sentindo um leve desconforto nas costas, mas ignorei. Eu estava grávida, não quebrada. Levantei com calma, calcei os chinelos e fui direto pro banheiro.