A agulha saiu do meu braço e eu nem percebi. Estava longe dali, presa numa imagem que nem existia de verdade — ainda. Max segurando a minha cintura, ajoelhado na minha frente, com aquele olhar intenso, protetor. Uma mão firme na minha barriga, a outra entrelaçada na minha.
— Prontinho — a enfermeira anunciou, cobrindo o local da coleta com um curativo pequeno de bolinhas coloridas. — O resultado sai no fim da tarde. Podemos mandar por e-mail, se preferir.
— Por favor — murmurei, tentando sorrir. — Muito obrigada.
Voltei à recepção e Clara se levantou na mesma hora, vindo até mim com os olhos cheios de expectativa silenciosa.
— E aí?