O auditório estava cheio. Luzes suaves, cadeiras ocupadas por mulheres de todas as idades, algumas com bebês no colo, outras com cadernos nas mãos. Era a primeira vez que eu subia num palco desde que minha vida mudou completamente. Desde que me tornei mãe. Desde que recomecei.

No camarim improvisado atrás da cortina, Max ajeitava Giovanni no colo com uma habilidade que, meses atrás, eu jamais teria imaginado que ele teria. Estava com uma daquelas camisetas básicas que ele usava quando queria parecer "low profile", mas até ali ele conseguia ser impecável. E lindo. Giovanni usava um macacãozinho azul com ursinhos, e quando Max beijou sua testa e disse "A mamãe vai arrasar", meu coração quase desfez no peito.

Respirei fundo quando chamaram meu nome. Meus dedos ainda tremiam um pouco, mas não de medo — era emoção. Era gratidão.

Caminhei até o centro do palco com um sorriso tímido. A luz me cegou por um segundo, mas logo enxerguei os rostos atentos diante de mim. E ali, por algum motivo qu