Max
A noite estava silenciosa. Só se ouvia o som dos grilos e do vento suave do lado de fora, embalando a pousada com um tipo de paz que só o campo sabia oferecer.
Acordei com o movimento do outro lado da cama. O calor do corpo dela tinha desaparecido, e, mesmo sonolento, meu coração reconheceu a ausência de Charlotte antes mesmo dos meus olhos abrirem por completo.
Levantei devagar, sem fazer barulho, e caminhei até o outro cômodo da suíte, onde tínhamos improvisado um cantinho para Giovanni dormir. A luz amarelada do abajur criava sombras suaves nas paredes. E ali estava ela.
Ajoelhada ao lado do berço portátil, com os cabelos soltos caindo sobre os ombros e a camisola amassada pelo sono, Charlotte murmurava baixinho, acariciando as costas do nosso filho com tanta delicadeza que por um instante, perdi o fôlego.
Ela estava tão linda.
Não por causa da luz, nem da pose — mas por causa da cena. Do amor. Do instinto.
Ela era mãe. E mulher. E inteira.
Me aproximei em silêncio, sem quere