Os olhos de Yanek brilharam com satisfação. Ele sabia. Ele percebeu que a resposta veio rápido demais.
Babi notou o pequeno sorriso vitorioso que ele tentou esconder e desviou o olhar, disfarçando.
— Hum… E o que você quer que eu faça por você hoje?
Yanek observou-a por um instante, antes de negar com a cabeça.
— Nada. Prefiro que você se recupere primeiro.
Ela arqueou a sobrancelha.
— Uau. Consideração inesperada.
Ele apenas sorriu de canto.
Babi sentiu que era um bom momento para perguntar algo que a curiosidade a consumia há tempos.
— Posso te fazer uma pergunta?
— Pode.
— Qual a origem do seu sobrenome?
Yanek não pareceu surpreso com a pergunta, mas ficou um pouco rígido antes de responder.
— Meu pai era russo. Minha mãe, americana.
— Então somos parecidos — ela comentou, se lembrando de suas próprias origens.
Yanek assentiu, mas não desenvolveu o assunto.
Babi percebeu que havia algo ali, uma tensão sutil ao mencionar o pai.
— Ele ainda é vivo? —