Guilherme finalmente encontrou. Descobriu que eles haviam embarcado para o Rio, usando identidades falsas.
Na documentação, Rosa era a responsável por Vitinho — o que, de certo modo, facilitou a fuga.
Sem perder tempo, Guilherme pegou o carro e seguiu o ônibus. O veículo ainda não tinha feito parada, o que dificultou que Guilherme os acompanhasse.
Desesperado, ele fazia manobras perigosas na BR, forçando o motorista a decidir se parava pela insistência dele ou se seguia viagem. O homem temeu um assalto... mas, antes que acontecesse um acidente, cedeu.
A porta do ônibus se abriu com um rangido tenso.
Guilherme começou a gritar:
— Rosa! Rosa! — sua voz era um misto de alívio, urgência e angústia.
Lá dentro, Rosa cochilava. Não havia pregado o olho a noite inteira.
Mas quem ouviu foi Vitinho. Seus olhos se arregalaram. O coração disparou. Ele conhecia aquela voz.
— É o tio! É o tio Guilherme! — gritou o menino, levantando-se num pulo.
Rosa tentou contê-lo com o braço, o coração acelerado