Myralis, a Floresta Eterna, era mais do que um lugar. Era uma entidade viva, uma guardiã do equilíbrio. E as Montanhas de Tharvalis, que protegiam a entrada para Aquenor, formavam um limite absoluto, intransponível, onde as leis da corrupção simplesmente... não se aplicavam.

Quando Morghast tentou atravessar, percebeu rápido demais que havia cruzado um limite invisível — e imperdoável.

Seu corpo tremeu. As sombras que o envolviam se romperam, como se fossem rasgadas por garras de luz. Uma pressão esmagadora desceu sobre ele, como se todo o peso do mundo estivesse tentando empurrá-lo para fora do próprio plano.

Ranhuras de luz dourada e prateada se abriram no ar, cercando seu corpo como correntes. Elas ardiam. Queimavam. Não como fogo, mas como algo muito pior — luz feita de ordem, de pureza, de criação.

Morghast gritou. Mas não era um grito comum. Era o som de carne se desintegrando e sendo forçada a se recompor ao mesmo tempo. As marcas no chão se acenderam, e símbolos começaram a gi