O cheiro úmido de folhas esmagadas, musgo e terra preenchia o ar. A luz que filtrava pelas copas das árvores criava feixes dourados que dançavam entre a névoa tênue, enquanto as folhas balançavam, lançando sombras em movimento sobre o chão irregular do bosque.
Evelin manteve o olhar fixo nos rostos que surgiam da penumbra, os mesmos que tentaram atacá-los. Seus sentidos estavam em alerta, mas seu coração não batia com medo — não deles.
"Eu já sabia que havia alguém por perto... há dias. Senti suas presenças. Não são como os outros... não são como os Sombrios nem como os agentes do rei. São diferentes... não há maldade neles." — pensou, enquanto apertava inconscientemente o pingente em seu pescoço.
Ao seu lado, Eros se colocou meio passo à frente, a mão discretamente deslizando para perto da adaga oculta na cintura. Seus olhos percorreram cada rosto à frente, e embora sentisse a mesma perturbação mágica que Evelin sentira antes, ele não compreendia o que exatamente eram aquelas pessoas