Ravena é uma jovem princesa que foi praticamente dada às cegas, para um homem que ela nunca viu. Um príncipe de um reino distante, A união acontece contra sua vontade, Ravena já acredita que seu casamento será tedioso e sem amor, até o momento que ela descobre que não se casou com um príncipe, e muito menos com um humano. e logo a princesa descobrirá que o desejo pelo desconhecido e o sobrehumano falará muito mais alto. será que a jovem resistirá?
Leer más-- obrigada, doce menina. -- a senhora pálida e franzina disse quando entreguei a ela uma grande bandeja de comida.
-- não há de quê, amanhã eu prometo que trago um pedaço enorme de bolo de chocolate para você e para os meninos. -- ela sorriu para mim. E eu retribui me afastando.Quando saí de sua pequena casinha, Camila já me esperava na porta. Ela me encarava de forma assustada e nervosa.-- já voltei, viu.-- você sabe que eu detesto vir aqui. -- ela se aproximou e arrumou o capuz em minha cabeça, para que meu rosto ficasse coberto.-- sim, você já deixou claro! Agora vamos. -- ela bufou nervosa enquanto saímos da pequena e mal iluminada aldeia. Enquanto eu passava, pessoas a quem eu ajudava me reconheciam e sorriam para mim.Camila me encarava brava enquanto andávamos.-- você sabe como isso é imprudente.-- essas pessoas passam fome com as guerras que vem acontecendo, não posso ficar simplesmente parada e fingir que não as vejo. -- Camila cruzou os braços brava.-- você é a princesa!-- shh! -- ela olhou para todos os lados e se aproximou.-- você é a princesa, deveria agir como tal.-- entendo e deixar que crianças e idosos morram de fome, quando temos tanta comida sendo desperdiçada no palácio. -- ela revirou os olhos e voltou a andar.-- mesmo disfarçada, ficar vindo aqui é um erro, em algum momento isso ainda vai dar errado. -- eu abri um sorriso de canto.-- tudo bem Camila, agora vamos continuar. -- subimos o grande penhasco e ao longe eu avistei o mar, tão amplo e azul. Eu tirei o capuz e respirei fundo, enquanto meus cabelos longos e castanhos voavam com a brisa.-- veja que lindo Camila, tudo o que eu queria era sair daqui! Navegar pelo mar! Ver o mundo! -- ela me fitou e revirou os olhos.-- você é a princesa, não uma pessoa qualquer. -- eu bufei brava, ela tinha razão. Por mais que eu quisesse ver o mundo, eu era uma princesa.Desviei a atenção do mar, e voltamos a andar. Adentramos em nossa passagem secreta, que levava para a cozinha. Que logo passamos despercebidas e subimos até meu quarto.Tirei o capuz e me olhei no espelho, eu já estava quase tirando o vestido quando mamãe bateu na porta.-- entre. -- ela me fitou assim que me viu.-- procurei você, onde estava?-- estava no jardim com Camila. -- ela viu meu capuz e franziu o cenho.-- bom, você sabe que temos uma visita hoje, não é? O príncipe Julian está vindo. -- eu engoli em seco.-- ele não havia cancelado?-- não, ele vem! Por isso... quero seu comportamento e boa vontade, entendeu? -- eu assenti sem olhar para ela.-- Ravena...-- já entendi mamãe, serei boazinha e recatada. -- ela revirou os olhos e saiu em seguida.-- vista o vestido roxo, ele gosta dessa cor. -- eu revirei os olhos. Será possível que aquele era mesmo o meu destino? ****Era quase meio dia, quando olhei pela janela e avistei uma grande carruagem com um brasão de montanha, chegando em nosso palácio. Me fitei no espelho. Vestia o vestido roxo de mangas longas, enquanto meu rosto estava pintado de rosa, e meus cabelos presos em uma trança. Respirei fundo e sai do quarto.Desci as escadas e avistei meus pais no salão principal, ao redor de algumas pessoas. Quando me aproximei, meu pai me deu passagem.-- príncipe Julian, está é Ravena. -- quando o vi foi estranho. Ele era muito alto, seus cabelos eram de um negro forte, ondulados na altura dos ombros, seus olhos eram castanhos, e ele usava uma armadura de bronze. Eu Engoli em seco, quando ele me estendeu a mão.-- princesa Ravena, é uma honra. -- ele tinha uma voz grave. Eu lhe estendi a mão, e ele a beijou levemente. Foi estranho.Quando me afastei ele sorriu e uma covinha surgiu em sua bochecha.-- vamos então? -- meu pai questionou. Ele assentiu e os dois seguiram para uma sala a sós. Eu estremeci, ali seria decidido meu futuro. ****Eu estava furiosa no jardim, andando em círculos.-- acalme-se Ravena.-- eu não consigo, esse estúpido príncipe apareceu do nada e está conversando com papai há horas. -- ela se aproximou.-- ele não apareceu do nada, há uma negociação entre os reinos há um ano! Você sabe. -- eu revirei os olhos.-- não quero ele.-- mas ele é lindo.-- dane-se! Isso não é tudo. -- ela franziu o cenho, eu me aproximei.-- vamos fugir Camila, você e eu! Podemos ir para o outro lado do mar.-- Ravena...-- acho que seria difícil ir para o outro lado do mar. -- eu ouvi sua voz grave.Me empertiguei, Camila saiu tão rápido que foi assustador. Ele se aproximou lentamente, com suas mãos para trás. Ele parecia um felino. Eu me curvei lentamente com sua aproximação, mas ele segurou meu queixo, me fazendo olhar para ele.-- por favor meu príncipe, não conte aos meus pais o que eu disse! É bobagem, eu não falava sério. -- ele abriu um sorriso de canto.-- parecia bem sério para mim. -- ele iria contar, eu estava frita.-- me perdoe.-- perdoar você por não querer se casar com um estranho que você nunca viu? Que tipo de monstro acha que sou? -- eu nada disse. Ele se aproximou um pouco mais de mim e eu prendi a respiração.-- esse pode ser o nosso segredo. -- ele se afastou rapidamente, quando meus pais surgiram.-- tudo bem Julian? -- meu pai questionou, ele me encarou. Eu estremeci.-- tudo, Ravena estava me mostrando as rosas. -- meu coração quase saiu pela boca.-- que bom, então já informou a ela sobre o casamento? -- eu quase caí no chão, encarei o meu pai.-- ca... casamento? Mas já?-- muitas guerras entre muitos reinos vem acontecendo minha filha, uma união com Cardonia é o melhor para fortalecer ainda mais nosso reino. -- eu estava tremendo, aquilo não era possível. Eu sabia sobre um possível casamento, mas agora?-- para que as coisas se encaminhem logo, já montamos o altar. -- eu estava quase desmaiando.-- ótimo, eu quero que aconteça o mais rápido possível. -- Julian disse olhando para mim. E eu só queria fugir. ****Quando o dia seguinte chegou eu mal havia dormido, Camila e mais algumas serviçais vieram me vestir.Me colocaram em um horrível vestido branco, e prenderam meus cabelos em um coque.O palácio estava pronto para um casamento.Quando cheguei à capela do palácio, meu pai me esperava.Ele me fitou e se aproximou.-- Ravena, você está linda. Os filhos que você terá com Julian, serão o nosso futuro querida! Lembre-se disso. -- eu mal respirava. Filhos? Eu nem havia pensado nisso.As portas se abriram, não haviam muitos convidados. E Julian estava mais a frente, vestindo um terno preto.Quando cheguei, fiquei de frente para ele. O velho reverendo, começou a cerimônia.-- que a união de cascata negra, e Cardonia! Seja forte e duradoura! Que muitas bênçãos e herdeiros venham. -- ele continuou a falar várias coisas, mas eu mal escutava. Até que Julian segurou meu queixo, e era como se eu tivesse acordado de um transe, quando olhei para seus olhos. Ele era tão misterioso.-- sim, eu aceito. -- minha boca se mexeu sem eu notar.-- muito bem, pode beijar a noiva. -- e logo ele me puxou para junto de si, e seus lábios se chocaram contra os meus. Me arremessando de uma montanha.Quando nos afastamos eu estava imóvel, todos aplaudiram. Enfim a união entre os reinos havia acontecido. ****Julian e meu pai se trancaram em uma sala, e eu fiquei perambulando pelo salão. Quando ele se aproximou e segurou minha mão.-- vamos para casa. -- eu franzi o cenho.-- o... o que? Mas hoje? Como?-- quero estar em Cardonia o mais rápido possível, já falei com seus pais. -- eu não tive tempo de falar nada.Sem que me desse conta, mamãe estava beijando minha testa e me desejando felicidades e mais algumas coisas.Nos abraçamos e de repente, eu estava dentro da carruagem.As lágrimas ameaçavam rolar, quando avistei Camila ao longe.Me sentei de frente para ele, que tirou a gravata do terno. E sentou-se de uma forma calma na carruagem.-- não chore querida, nossa aventura está só começando. -- seu modo de falar mudou. Seu jeito fino e elegante, havia sumido. Eu me empertiguei.-- tem algo errado.-- não querida, ainda não. -- ele parecia ter se transformado em outra pessoa.A carruagem entrou em outro caminho, e de repente paramos. Ele saiu e eu em seguida.Havia areia, estávamos de frente para um grande navio na costa do mar.-- mas o que está acontecendo aqui?-- o que está acontecendo querida, é que... você está sendo sequestrada. -- ele me puxou pela cintura e sem demora, nós estávamos dentro do grande navio.Eu tentei me desvencilhar, mas ele me segurava fortemente.-- não se preocupe amor, a diversão está só começando.-- tudo ficou embaçado em minha mente, e eu não fazia ideia se aquilo realmente era verdade.Todos os vermes e vampiros, ou besouros que podiam haver pelas redondezas. Foram eliminados prontamente. Não haveria segundas chances para nenhum deles. Logo após, tratamos de ir até os escravizados. Todas as pessoas, talvez mais de cinco mil delas. Entre crianças e idosos, viviam em uma espécie de calabouço fedido e sem nenhum luz. Ao nos ver ali, todos ficaram com medo. Todos eram tão fracos, tão pequenos. Eu engoli em seco, e senti nojo de tamanha crueldade. Rapidamente tratamos de tirar todos da escuridão do castelo, e levá-los para cima o mais rápido possível. Logo tratamos de dar um banho e cada um deles. Eles ainda estavam desconfiados, e não sabiam ao certo o que era aquilo. E eu acreditava que demoraria muito para que eles se acostumassem com sua nova situação, mas nós tínhamos todo o tempo do mundo. Um grande jantar cheio do que eles precisavam foi feito, e naquela noite a verdade sobre o rei foi esclarecida. Eles se entreolharam confusos, mas Julian prometeu sua lealda
Meus olhos ardiam, e minha mente estava embaçada. Enquanto ouvia os gritos de Mary, e encarava o corpo de Elucia. "𝐸𝑢 𝑎𝑐𝑟𝑒𝑑𝑖𝑡𝑜 𝑒𝑚 𝑣𝑜𝑐ê." Mais lágrimas rolaram por minha bochecha, Hector me encarou com desdém. Enquanto jogava o coração dela no chão. E se agachava de frente para mim. -- quanto drama queridinha... Já chega, ela morreu. -- ele esticou a mão para me tocar, eu se quer consegui me mexer enquanto olhava para o corpo dela. Ele revirou os olhos. -- quanto drama. -- logo ele se pôs de pé, me segurando pelos cabelos. Julian gritou enquanto se aproximava com velocidade total, Hector segurou meu pescoço.-- mais um passo e eu quebro ela aqui. -- Julian ficou imóvel, eu senti meu corpo tremendo. Minha cabeça deu uma pontada, e minhas mãos tremeram. De repente, uma forte tempestade começou. -- eu vou matar todos os seus amiguinhos Julian. -- ele acariciou meu rosto. Julian apertou os punhos, e jogou a espada no chão. -- aceite que perdeu essa. -- solte ela. -
Talvez o nosso exército fossem mais de oito mil homens. Todos prontos para a batalha, todos sem medo algum. Os guerreiros da floresta, estavam um pouco mais atrás, eles seriam nossa arma secreta. Meus amigos estavam no meio, seus rostos estavam impassiveis. Não havia medo ali, mas... Havia muita insegurança e apreensão. Cavalgamos por uma hora, até que chegamos à enseada. O mar a distância, estava calmo. As águas mal se moviam. As nuvens no céu, estavam extremamente carregadas. Tempestade vinha por aí. Meu coração acelerou quando avistei o grande exército de Hector. Eram tantos vermes, todos mostrando suas presas gigantescas. Todos salivando enquanto olhavam para nós com fome e malícia. Os vampiros usavam armaduras, e espadas. Eles sorriam, e nos olhavam com ansiedade. Era um mar de monstros à nossa frente. Julian apertou minha mão, eu engoli em seco. E no meio deles, estava Hector. Ele estava em uma espécie de carruagem de metal, preta. O monstro usava uma armadura azul, e em
Alguns dias se passaram, Hector fazia pequenas movimentações todos os dias. Preparando seus vermes, pronto para a batalha. Nossos aliados estavam começando a chegar lentamente, e até aquele momento. Meus pais não haviam respondido minha mensagem. Eu duvidava que eles o fizessem, mas ainda sim... Aquilo partia meu coração. Minha cabeça latejava de vez em quando, eu sabia que era Atama. Ela sabia o que se aproximava, aquilo me deixava ainda mais nervosa. -- já sabemos o lugar onde ele montou seu exército. -- Julian disse em uma reunião com vários de nossos aliados. -- Emma nos informou que é próximo a enseada, do outro lado da montanha É lá onde ele planeja acabar com tudo. todos se entreolharam.-- o que faremos então? -- Andreas questionou. Emma se aproximou de Julian. -- atacaremos. -- a tenda ficou em total silêncio. -- se não atacarmos antes, os vermes irão nos encontrar aqui. Eles estão marchando em nossa direção, nesse exato momento. -- Julian disse rapidamente, apertei min
A batalha Enfim estava batendo a porta. Julian havia contactado Arthur que logo tratou de trazer todos os guerreiros que tinha consigo. Olhei para todas aquelas pessoas treinando e se preparando, meu coração acelerou. Entrei na tenda e fiquei alguns instantes imóvel, encarando aquele lugar. Até que fui até um armário, peguei papel e tinta para que pudesse escrever uma mensagem. Sentei na mesa, e encarei aquela folha em branco. Respirei fundo, e enfim comecei a escrever. Eu sabia que era uma péssima ideia, talvez meus pais nunca lessem aquilo. e se lessem, não iriam se quer se importar com o que estava escrito naquela carta. Mas eu deveria tentar, uma última vez, eu tinha que tentar. Logo me inclinei, e comecei a colocar as palavras naquela folha, as palavras com meu coração. Ao fim, eu encarei aquela carta e senti um aperto. "𝑃𝑎𝑝𝑎𝑖 𝑒 𝑚𝑎𝑚ã𝑒, 𝑛ã𝑜 𝑠𝑒𝑖 𝑠𝑒 𝑎𝑖𝑛𝑑𝑎 𝑡𝑒𝑛ℎ𝑜 𝑜 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑐ℎ𝑎𝑚á-𝑙𝑜𝑠 𝑎𝑠𝑠𝑖𝑚 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑑𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑓𝑖𝑧. 𝑀𝑎𝑠... ?
*Mary Estava vindo, a batalha que tanto falamos durante tanto tempo, estava bem ali. Aquilo era assustador, e me fazia lembrar de meu pai e do meu irmão. Tínhamos que estar prontos, e contactar o mais rápido possível todos os aliados que havíamos feito. Logo eu me prontifiquei para ir com Eris, até a aldeia mais próxima e mandar as mensagens. Eu estava em minha tenda, arrumando minhas coisas. Quando mamãe adentrou. Ela ficou me olhando por alguns instantes, enquanto eu pegava a bolsa. Parei por alguns instantes, sem olhar para ela. -- fale logo. -- falar o que? -- que eu sou burra! Que deveria ficar aqui ao invés de ir. -- olhei para ela. Ela estava ali, tão elegante como sempre. Lentamente ela se aproximou de mim, e segurou meu rosto entre suas mãos. -- antes eu fiz isso, quando o medo e a dor me tomavam. Não vou mentir, eu preferiria que você ficasse aqui, não fosse. Mas eu não posso prendê-la! E confio em você. Por isso vá, mas volte, de preferência... Inteira. -- senti um
Último capítulo