O castelo de Vermon era um lugar onde a sombra parecia sempre ser mais densa, como se o próprio ar estivesse impregnado pela corrupção do monarca. As paredes de pedra, imponentes e desfiguradas pelo tempo, absorviam qualquer tentativa de luz. Lá dentro, o silêncio pesado reinava, mas não por muito tempo.
Na grande sala do trono, o som de passos ecoava. Eros entrou, com o rosto sujo e o corpo ainda marcado pelos vestígios da missão fracassada. Seu olhar estava firme, mas as feridas em seu peito, os cortes e a dor que sentia não eram nada comparados ao que estava por vir.
Vermon, sentado em seu trono elevado, o observava com olhos penetrantes. Seu semblante era uma máscara de ira, mas também de uma frágil confiança. Sentia que algo estava errado, algo havia mudado, e ele sabia que essa mudança vinha de longe, de um lugar distante.
— Então, meu filho… Vermon começou, a voz baixa, mas carregada de um peso ameaçador. — Falhou novamente? Ou você foi apenas incompetente?
O tom não era de dúv