O vento cortava o rosto de Eros enquanto ele cavalgava pela trilha íngreme que levava para o norte, em direção às florestas densas de Veridia. O cavalo relinchava baixo, cansado de tanto esforço, mas Eros não podia dar descanso a seu corcel. O peso das palavras de Vermon, as ameaças de seu pai, ainda reverberavam em sua mente. Cada passo que dava para longe do castelo era um passo mais distante de sua liberdade, mas ele não tinha escolha. A missão estava dada. Se não voltasse com Evelin, seu destino seria selado.

O castelo de Vermon já estava muito atrás, mas a sensação de que ainda estava sendo observado, vigiado, não o deixava. A sua lealdade àquele monarca, que ele chamava de pai, estava sendo corroída, pouco a pouco, como o aço enferrujado que se desintegra com o tempo. Eros sentia as feridas em suas costas, onde o chicote de seu pai havia rasgado sua túnica e sua pele. O sangue ainda escorria pelas suas costas, mas ele não podia parar. Não agora. Não quando ele sabia que sua vida