Theo
Após uma longa noite, decidi engolir meu orgulho. Cheguei mais cedo na empresa e fiquei esperando no corredor que levava ao escritório do meu pai. Precisávamos conversar. Eu precisava me desculpar.
Quando ele apareceu, acompanhado de Laís, ambos pararam ao me ver.
— Pai, preciso falar com você — disse, ignorando o olhar gelado de Laís.
Roberto estudou meu rosto por um momento antes de acenar para Laís.
— Pode ir na frente, Laís. Eu já chego.
Ela passou por mim sem uma palavra, mas não antes de lançar um olhar de advertência para Roberto. Como se estivesse protegendo ele de mim. A ironia era tão amarga que quase ri.
Entramos no escritório e meu pai fechou a porta.
— O que foi, Theo?
— Vim me desculpar — falei, as palavras saindo mais difíceis do que imaginei. — Fui grosseiro. Inapropriado. Você tem todo o direito de...
— Ser feliz? — Ele completou, cruzando os braços. — Sim, tenho. E Laís tem sido uma amiga leal num momento em que poucos foram.
— Eu sei. E me arrependo do que diss