Theo
Paris, França – Dois meses depois
O champanhe era amargo na minha garganta.
Ou talvez fosse só o gosto do desprezo que eu sentia por mim mesmo.
— Théo, meu amigo, você bebe como se estivesse tentando afogar alguma coisa — riu Christophe, derrubando metade de seu drink no meu terno Armani.
Eu nem me importei. O que era um terno de três mil euros comparado ao vazio que carregava no peito? Dinheiro nunca foi o problema.
— Não estou me afogando em nada — menti, pegando a garrafa de Dom Pérignon diretamente do balde de gelo. — Só comemorando.