Empresa Duarte — Dias depois
O tempo anda, sim. Os ponteiros não param. As horas seguem seu curso impiedoso. Mas, para quem vive a dor, tudo parece... congelado.
Dentro da Empresa Duarte, os corredores perderam a vida. As paredes, antes testemunhas de negociações acaloradas, de risadas, de passos apressados, hoje apenas ecoam um silêncio pesado, cortante, quase fúnebre.
João, Bruno e José estão de volta. Não por vontade. Não por força. Apenas porque o mundo lá fora exige. Porque o império que Amanda construiu não pode parar. E, talvez, porque ficar longe... seria ainda mais insuportável.
Mas nada... absolutamente nada... é igual.
As portas de vidro se abrem e, assim que os três entram, o ambiente inteiro parece mudar. Conversas se encerram abruptamente. Funcionários abaixam os olhos, fingem estar ocupados, digitam qualquer coisa que nem fazem sentido.
O sussurro, no entanto, é inevitável.
— Eles não dormem... não comem direito... não sorriem... — comenta uma das funcionárias, apertand