O céu parecia rasgar-se em fúria. Relâmpagos cortavam a escuridão, e trovões faziam a terra tremer como se o próprio mundo protestasse. A chuva não era mais apenas chuva — era uma cortina brutal, espessa, que engolia tudo. O vento uivava, selvagem, soprando como se quisesse arrancar a própria alma da terra.
No meio da correnteza, Amanda flutuava... ou afundava... difícil saber. O corpo, frio, inerte, era arrastado pela lama, pelos galhos, pelas pedras. Cada choque contra os troncos submersos parecia arrancar mais um pedaço da frágil esperança.
Seus olhos estavam fechados. Seu rosto, submerso. O corpo pesado... cedendo.
E foi então que algo aconteceu.
Um trovão tão forte, tão brutal, explodiu sobre o vale que fez tudo vibrar. Árvores se partiram, pedras rolaram, e a tempestade pareceu ganhar consciência. Algo se moveu dentro dela.
As águas, que até então puxavam Amanda para o fundo, subitamente formaram um redemoinho estranho. Como se... recusassem. Como se... algo dissesse: “Não. Aind