O céu pesado anunciava o fim de mais um dia, mas na porta do Hospital Central de Moscou, a noite estava longe de ser comum.
Os flashes cortavam a escuridão. Câmeras já posicionadas. Repórteres nervosos, microfones em punho, disputavam cada centímetro à frente da entrada de emergência.
A notícia que corria pelo mundo tinha um nome.
Amanda Duarte.
Uma sirene ecoou no céu, seguida pelo som grave das hélices. O helicóptero da emergência se aproximava.
As lentes se ajustaram. O zoom aumentou. A respiração dos repórteres prendeu.
— Senhoras e senhores... atenção! — a repórter anunciou, ao vivo, com voz trêmula. — O helicóptero trazendo Amanda Duarte está pousando nesse exato momento. A jovem magnata, herdeira de um dos impérios econômicos mais poderosos da Europa, desaparecida há mais de 48 horas nas margens do Rio Volga... foi encontrada viva. Sim, viva. Contra todas as probabilidades.
O barulho ensurdecedor das hélices abafava os gritos da multidão. A porta do helicóptero se abriu. Dois p