As xícaras tilintavam suavemente sobre os pires, e o leve farfalhar das folhas do jornal sendo viradas por José era o único som na sala até que os passos se aproximaram pelo corredor.
Amanda e João entraram juntos.
Ela usava uma blusa creme de gola alta e calça escura, o cabelo preso de forma prática. João, de blazer casual, camisa com o colarinho ligeiramente desalinhado, exibia um semblante calmo — mas os olhos denunciavam o que haviam vivido na madrugada.
Sofia lançou um olhar breve para Clara, que fingiu não notar.
José se ajeitou na cadeira, abrindo espaço para os dois.
— Dormiram bem? — perguntou ele, com um sorriso contido.
Amanda respondeu antes que João dissesse qualquer coisa:
— Dormi como não dormia há tempos. Paz tem outro gosto.
João a olhou de lado, e sorriu discretamente.
Clara mexeu o café com um pouco mais de força do que o necessário.
Amanda e João sentaram-se lado a lado, como se aquele gesto simples já dissesse mais do que poderiam verbalizar.
Ana apenas observava