Na manhã seguinte à festa, o clima ainda era de ressaca emocional entre os convidados que permaneciam na propriedade dos Duarte. A mansão ainda tinha o burburinho de vozes, louças sendo postas, e risadas discretas que ecoavam pelos corredores — mas todos lembravam da cena da noite anterior.
Mirella, impecavelmente vestida em um conjunto social bege claro, cabelo preso em um coque elegante e maquiagem discreta que disfarçava os olhos inchados, desceu para o almoço com a postura altiva de quem tentava apagar o passado com classe.
Sentou-se à mesa como se nada tivesse acontecido. Todos ficaram em silêncio quando ela pegou os talheres. Então, com um suspiro, falou:
— “Tios, primos… quero pedir desculpas pelo que aconteceu ontem. Eu estava alterada, e sei que causei confusão. Estou muito envergonhada por isso.”
Fez uma pausa, olhou para Ana e Augusto com expressão humilde:
— “Reconheço que estou aqui de favor. Essa é a casa dos meus tios, e eu deveria ter respeitado isso.”
Alguns dos convi