A tensão na Fazenda Duarte explodiu como pólvora ao som daquelas palavras.
— Pegamos um rapaz rondando a fazenda. Ele estava tirando fotos. — anunciou Douglas, o capataz, ofegante, com as botas sujas de barro.
João olhou imediatamente para José, e José, instintivamente, tentou entregar Carolina para Amanda, mas ela foi mais rápida.
— Onde ele está? — perguntou Amanda, com os olhos afiados como lâminas, a postura ereta e determinada.
— No galpão dos fundos. Amarrado. — respondeu o administrador.
Sem hesitar, Amanda virou nos calcanhares e saiu quase correndo em direção ao galpão. João logo foi atrás, com os passos largos e a expressão tomada por preocupação.
José correu para dentro da casa e, com a voz em alerta, anunciou:
— Tem um espião! Pegaram alguém tirando fotos aqui dentro! Amanda já foi pra lá!
O silêncio que pairava na sala se quebrou como vidro.
Augusto levantou-se da cadeira num rompante, o rosto vermelho de fúria.
— Ela foi sozinha? — gritou.
— João está com ela! — responde