Quarto de Amanda, madrugada silenciosa
Amanda fechou o laptop com um suspiro aliviado. A última pilha de documentos estava resolvida. Ainda com o pensamento preso nos acontecimentos do jantar, ela levantou-se e caminhou até o banheiro, ansiosa por apagar o dia da pele com um banho quente.
A água caía como uma cortina morna sobre seus ombros, trazendo alívio. O vapor preenchia o banheiro e desfazia qualquer pensamento racional. Amanda fechou os olhos, permitiu-se um momento de esquecimento.
Mas então, um som. Passos leves, quase indecisos, sobre o assoalho do quarto.
Ela franziu o cenho, desligou o chuveiro e, antes que pudesse alcançar a toalha, a porta se abriu.
— João?! — ela exclamou, surpresa, cobrindo-se instintivamente com os braços.
Ele estava ali. De pijama, cabelos ligeiramente desalinhados, olhos fixos nela com uma expressão que mesclava culpa, ternura e desejo contido.
— Desculpa... — ele murmurou, sem saber para onde olhar por um segundo. — Eu bati... mas acho que não escu