Na manhã seguinte, os primeiros raios de sol atravessavam as grandes janelas da sede da fazenda Duarte. José já havia saído cedo, como de costume, rumo à cidade, para mais um dia de guerra na empresa — tentando salvar o império da família, que estava afundando sem Amanda.
Sofia observava pela janela, segurando uma xícara de café, respirando fundo. O momento da noite anterior ainda estava marcado em sua pele, no seu corpo... e, principalmente, no seu coração. José havia sido doce, intenso, carinhoso e presente — coisa que há tempos ela não sentia mais. Mas, ao mesmo tempo, isso fazia um peso esmagar seu peito.
O nome Henri ecoava na sua mente.
Aquele homem que, nos últimos meses, foi seu ombro, seu consolo, seu refúgio...
Um amigo antigo. Talvez mais que isso. Um segredo que ela sempre escondeu de José.
Sofia deixou as crianças sob os cuidados da babá e informou que a professora de Nina chegaria logo. Pegou seu casaco, ajeitou os cabelos, conferiu o batom e, sem pensar duas vezes, pego