Felipe estacionou diante da casa e, por um momento, apenas ficou ali, observando as luzes acesas através dos grandes janelões de vidro.
Era estranho como aquele lugar, tão silencioso nas últimas semanas, agora parecia pulsar de novo.
O ar trazia o cheiro familiar de lavanda e algo mais… baunilha. O perfume de Alice.
Ele saiu do carro, ajeitou o paletó e subiu os degraus da entrada, ouvindo vozes abafadas vindas da sala de jantar.
Assim que atravessou o hall, a cena diante dele o fez sorrir.
Sua mãe estava sentada à mesa, rindo com Alice. As duas conversavam com a intimidade de quem parecia se conhecer há anos.
Ele se apoiou na moldura da porta, cruzando os braços.
— Mãe… — chamou, a voz misturando surpresa e reprovação. — Eu não disse que a conheceria amanhã?
A matriarca ergueu o olhar e sorriu, o mesmo sorriso travesso que ele conhecia desde menino.
— Eu sei, meu querido, mas você realmente achou que eu deixaria ela sozinha?
Fez um gesto despreocupado com a mão e completou,