O quarto do Alfa ainda guardava o perfume dele.
Alice permanecia sentada na beira da cama, observando o reflexo da cidade nos vidros amplos.
Desde que ele partira para a casa da Matilha, um silêncio estranho se instalara, o tipo de quietude que deixava espaço demais para pensar.
Ela tentava não se deixar dominar pela raiva, mas a sensação de ter sido enganada a corroía.
Tudo o que descobrira sobre Liandra, sobre como Felipe sempre soubera de tudo, era como se o chão tivesse cedido sob seus pés.
Ela confiara. E agora, não sabia mais em quem podia.
Batidas leves ecoaram pela porta.
— Senhorita Alice? — a voz de Grace era gentil, quase doce.
— Pode entrar. — respondeu, tentando soar calma.
A mulher abriu a porta e sorriu, aquele sorriso sereno de quem sabe lidar com feridas que não se curam rápido.
— A mesa está pronta na sala de jantar. Achei que gostaria de fazer uma refeição.
Alice hesitou, mas o estômago respondeu por ela. — Obrigada, Grace.
— Venha comigo. — disse a gov