Felipe a guiou até o andar de cima, ainda de mãos dadas, sem dizer nada.
A cada passo, ele sentia o ritmo do coração dela mudar, um compasso irregular, oscilando entre incerteza e rendição.
O vínculo vibrava, pulsando baixo, como uma nota de música prestes a se desfazer no ar.
Quando chegaram ao quarto, Alice parou à porta.
Por um instante, ficou ali, observando o ambiente amplo, as janelas altas, o cheiro intoxicado de Felipe por todo lugar.
Felipe fechou a porta atrás deles e a observou em silêncio, antes de se aproximar devagar.
Ele deslizou as mãos até o rosto dela e encostou a testa na dela, respirando fundo.
O toque era suave, mas a intensidade por trás dele fazia o ar ficar denso.
Alice levantou os olhos, e por um instante, o que havia entre eles foi apenas silêncio, o tipo de silêncio que fala mais do que qualquer palavra.
Ela foi quem deu o primeiro passo, se inclinando levemente para ele, buscando aquele toque, a segurança que o corpo dela parecia precisar.
Felipe