Pov Felipe
O quarto estava mergulhado em uma penumbra suave, iluminado apenas pela luz prateada da lua que atravessava as cortinas. O ar parecia diferente ali dentro, denso, carregado de uma energia que se movia entre o desejo e a calma.
Felipe observava Alice em silêncio.
Ela ajeitava o lençol com gestos lentos, distraídos, como se buscasse em pequenas ações uma forma de disfarçar o turbilhão que sentia.
O perfume de baunilha tomava conta do ar.
E, para ele, esse cheiro era mais do que um perfume, era um lembrete vivo do quanto a queria.
Aquele aroma sempre o marcava.
Baunilha e chuva de verão, era assim que ela cheirava.
E estar naquele quarto com ela, tão perto, era como tentar domar uma chama acesa dentro do peito.
Alice se virou e o encontrou com o olhar.
Por alguns segundos, ninguém disse nada.
O tempo parecia ter parado entre eles.
Felipe deu um passo em direção a ela.
O coração dele batia forte, os instintos rugindo baixo, pedindo o que o corpo já ansiava.
Mas e