Pov Alice
O quarto estava mergulhado em um silêncio quase vivo.
A respiração de Felipe era o único som que ela conseguia ouvir, profunda, compassada, firme.
A cada movimento do peito dele, o ar se tornava mais quente, mais denso, como se o ambiente inteiro reagisse à presença dele.
Alice tentava dormir novamente, mas o corpo se recusava a obedecer.
Sentia o coração bater rápido, como se quisesse acompanhá-lo.
Cada batida de Felipe ecoava dentro dela, reverberando em uma sintonia impossível.
O perfume dele, aquele cheiro de morangos selvagem, quente, parecia se misturar à sua pele.
E quanto mais ela respirava, mais o calor se espalhava por dentro, ela sentia seu corpo quente.
Tentou se convencer de que era apenas o cansaço.
Os últimos dias haviam sido um redemoinho de emoções, revelações e incertezas.
Mas, no fundo, sabia que não era apenas isso.
Algo que não vinha da mente, mas de um lugar mais fundo, mais primitivo.
Um chamado, ela sentia seu corpo ansiar pe