O sol ainda nem havia tocado o horizonte quando Felipe terminou seu treino matinal.
O ar frio da madrugada preenchia os pulmões, trazendo lucidez.
Cinco dias haviam passado desde o sequestro… e desde que ele quase perdeu Alice.
Agora ela estava em casa, finalmente.
E ele deixava todos os dias como um ritual silencioso, um pequeno buquê na mesa de cabeceira dela.
Desta vez eram dálias brancas, com um bilhete escrito à mão:
“Para quando você acordar, meu amor.”
Saiu do banho com o cabelo ainda molhado, cruzou o corredor e encontrou Grace arrumando a mesa do café.
— Bom dia, Alfa. — ela sorriu, discreta, mas cansada.
— Bom dia, Grace. — ele retribuiu. — Obrigado por tudo.
Ela apenas assentiu, sabendo que não adiantava desejar descanso a um Alfa que só relaxava quando a mulher que amava respirava ao alcance dele.
O som da porta se abrindo anunciou André, impecável, alerta, com aquele semblante de quem descobriu algo importante.
Felipe percebeu na hora.
— Vamos. —