Atlanta surgiu no horizonte como um presságio.
O céu carregado, as nuvens espessas, o vento cortante: tudo parecia prenunciar que algo antigo e poderoso estava prestes a ser movido. O SUV preto deslizou pelos portões do prédio do Conselho às 12h32, atravessando a fachada imponente de mármore e vidro, um templo político para muitos.
Para Felipe, naquele dia, era apenas um lugar onde se faria justiça.
Ele desceu do carro com a calma perigosa de quem não veio discutir.
Veio decidir.
Nada de raiva.
Nada de hesitação.
Apenas propósito.
André caminhava ao seu lado, ombros tensos, olhar alerta. Ele já conhecia o Felipe estratégico, o Felipe empresarial, o Felipe líder… mas este era outro.
O Felipe que surgia quando alguém ameaçava aquilo que ele amava.
E André sabia, todos sabiam, que esse Felipe era assustador.
À medida que avançavam pelos corredores silenciosos, funcionários desviavam o olhar, guardas endireitavam a postura, conselheiros menores recolhiam a própria