O táxi estacionou diante da casa às 19h, quando o céu de Springfield já estava tingido de azul profundo e as luzes externas da matilha começavam a acender. O território estava tranquilo, silencioso, com apenas o som distante do bosque preenchendo o ar.
Ninguém sabia que Liandra estava vindo.
Nem Rafael.
Liandra desceu com a mala pequena, o coração acelerado, o corpo inteiro vibrando com o retorno, um misto de saudade, lar e expectativa. Antes que pudesse tocar a maçaneta, a porta se abriu devagar.
Marise surgiu, olhos arregalados.
— Minha Luna?! — ela levou a mão ao peito. — Eu… não sabia que a senhora viria hoje.
Liandra sorriu, gentil.
— Eu quis fazer surpresa.
A governanta respirou fundo, recompondo-se com a discrição que fazia dela tão confiável.
— Seja muito bem-vinda de volta. O Alfa ainda está fora. A Luna precisa de alguma coisa? Posso preparar algo.
— Obrigada, Marise. Pode ir descansar. Eu fico bem.
— Qualquer coisa, é só chamar. — ela pegou a bolsa, mas antes de