O dia arrastou-se como uma tortura.
Dmitry não conseguia trabalhar, não conseguia pensar, não conseguia respirar sem sentir o maldito cheiro dela ainda preso em suas roupas, na poltrona, na pele.
O desejo não diminuía. Pelo contrário. Crescia. Como um veneno lento. Como febre. Como vício.
Ele apertava os dentes, tentando ignorar o ardor constante no peito. Tentando não pensar nas mãos dela roçando sem querer na sua.
No olhar perdido que ela lançou antes de recuar, por ter sentido. Como se soubesse.
“Ela sentiu. Assim como nós.”
— Cala a boca. — Rosnou baixinho, ainda sentado na sala vazia.
“Você pode nos enganar, Dmitry. Pode fingir que controla. Mas o corpo não mente.”
Seu punho se fechou sobre a caneta, e ela estalou, partida em dois.
“Um toque. Só um toque e toda sua maldita armadura caiu. Você quer ela. Quer o cheiro, o gosto, a pele. Quer enterrar seu pau nela até esquecer o mundo.”
Ele não respondeu. Não podia. Porque era verdade. O autocontrole que cultivou como um monge durant