Assim que a porta do elevador se fechou atrás dela, Susan soltou o ar em um suspiro trêmulo. Os segundos até o apartamento pareceram eternos.
Quando finalmente entrou, trancou a porta com mais força do que pretendia, largando a bolsa no armário estreito ao lado da entrada e chutou os saltos sem nem se preocupar onde foram parar.
O coração ainda batia acelerado. O olhar de Dmitry não deixava sua mente. Azul. Intenso. Quente e cruel ao mesmo tempo.
Ela não podia continuar ignorando. Precisava agir antes que fosse tarde demais.
Correu para o quarto, puxando a colcha da cama com pressa até alcançar a caixa de madeira escura que escondia debaixo dela desde que se mudara para Moscou.
Suas mãos tremiam ao girar a pequena chave presa ao cordão de seu amuleto, que ela sempre usava no pescoço. O único objeto da mãe que nunca se permitira perder.
O rangido das dobradiças da caixa foi abafado pela urgência em seu peito. Dentro, entre cartas antigas, velas usadas e um frasco vazio com resquícios