Susan caminhava pelo corredor da Rurik Motors sentindo a pulsação no fundo do peito, uma espécie de eco primitivo que vibrava sob sua pele. Era mais do que nervosismo, era instinto. Uma resposta visceral à presença dele.
“O que diabos tinha acabado de acontecer naquela sala?”
Ela segurava a prancheta contra o peito como se aquilo pudesse conter a energia que ainda percorria seu corpo. O toque foi breve, acidental. Mas real. Quente. Quase feroz.
“Ele me deseja.”
Era impossível negar. O olhar de Dmitry não era mais apenas analítico, calculado. Havia algo cravado no fundo do azul cortante de seus olhos. Desejo cru. Um fogo contido à força. E ela soube, no momento em que o olhou de volta, que ele estava lutando contra aquilo. Contra ela.
Mas já era tarde.
A magia em seu sangue, herança silenciosa da Deusa Morrigan, já o chamava. Ela o chamou no sonho. Ela o provocou no plano espiritual, mesmo sem saber. E agora, seu corpo físico clamava por ela como se cada célula reconhecesse o destino i