Mansão Kovalenko – 11h17
A luz do sol entrava filtrada pelas cortinas de linho bege, mas nada suavizava a atmosfera pesada que se abatia sobre os ombros de Natália.
Sentada diante da penteadeira de carvalho, ainda com o robe de seda esmeralda envolvendo seu corpo esguio, ela encarava o celular em sua mão como se ele carregasse uma maldição.
A notificação ainda piscava na tela. Um número criptografado. Sem nome. Mas o conteúdo… Era inconfundível.
Ela deslizou o dedo sobre a tela. A imagem se abriu, crua e direta: a cabeça de Svetlana, olhos semicerrados, repousando sobre o veludo negro. E o cartão.
As palavras de Dmitry, afiadas como navalha, ecoaram em sua mente como uma sentença:
“A próxima tentativa contra ela será o último erro de toda sua linhagem.”
Natália fechou os olhos por um segundo. Quando os reabriu, estavam tomados por uma fúria silenciosa.
— Ele enlouqueceu. — Sussurrou.
Levantou-se de súbito, os pés descalços tocando o chão de mármore gelado. Andou até a janela, observan