O relógio marcava 6h47 da manhã.

A cidade ainda acordava, o frio cortava, mas Dmitry Rurik não sentia o clima. Só o fogo dentro do peito, queimando como se sua alma estivesse em brasas desde a noite em que quase perdeu o que jamais conseguiria viver sem.

Ele subiu os degraus do prédio antigo com passos firmes. Sem guarda-costas, sem motorista. Apenas ele, o Alfa, o homem, o Lycan. Indo buscar a sua fêmea.

A porta do apartamento se aproximava. Ele já sentia o cheiro dela, mais fraco, sim, apagado pela dor, pela exaustão, mas ainda ali. Como uma chama teimosa que nunca deixava de arder.

A alma dele já a chamava.

"Ela tá aqui. A nossa. A única. Devolve ela pra gente, agora. Antes que enlouqueçamos de vez."

Ele bateu. Uma, duas vezes. Não com força, mas com autoridade incontestável. Foi Alexei quem abriu. De jeans escuro e camiseta, com olheiras que denunciavam a madrugada acordado.

— Ela acordou faz poucos minutos. — Disse, em voz baixa. — Tá no quarto. Jenn e Carla ainda dormem.

Dmitry