A SUV preta da família Rurik deslizava pelas ruas de Moscou como uma sombra silenciosa. O vidro escurecido refletia o céu cinza da manhã, mas dentro do veículo havia um calor diferente. Um campo invisível, pulsando entre dois corpos.

Dmitry e Susan estavam lado a lado no banco traseiro.

Ele não dizia nada.

Ela também não.

Mas as mãos entrelaçadas, firmes, diziam tudo que as palavras não alcançavam.

O trajeto até a mansão foi silencioso, exceto pelo som das respirações ritmadas, do motor, e da essência entre eles. Viva novamente, esticando-se como fios de energia invisíveis, cicatrizando feridas profundas.

Quando os portões se abriram e a mansão surgiu à frente, Susan sentiu o estômago apertar. Ainda havia lembranças ali. Dor, sangue, medo.

Mas também… Ele. E agora, tudo que existia entre eles queria sobreviver.

Dmitry a conduziu pela entrada principal, de forma serena, mas com os passos firmes.

Havia empregados, guardas e até alguns conselheiros jovens pela casa, mas todos desviaram o