TERCEIRA MADRUGADA; ESCRITÓRIO – QUASE TRÊS DA MANHÃ
Dmitry estava debruçado sobre a mesa. As luzes estavam apagadas, exceto pelo abajur suave no canto da sala. O celular vibrava a cada três horas com as atualizações de Alexei.
Alexei:
Segurança em torno do prédio está estável. Tudo tranquilo aqui. As meninas não param de rir. Susan parece bem. Relaxa, irmão.
Dmitry respondeu apenas com um “👍”.
Mas não relaxava.
O Lycan rugia em silêncio dentro dele. Não era o medo de algo acontecer, era a ausência que o estava matando.
Ele se levantou, andou até a janela. A neve caía fina sobre os jardins. Encostou a testa no vidro.
A lembrança do cheiro dela. O som da risada. O calor que ela deixava na cama. Tudo aquilo era uma tortura.
Então, o telefone tocou.
Era Alexei.
— O que houve? — Dmitry atendeu na primeira chamada.
Do outro lado, a voz dele soava entediada.
— Nada. Só imaginei que você já estivesse começando a bater a cabeça na parede.
— Não tô com humor pra piada.
— Eu percebi. Os funcio