O apartamento ainda ecoava risadas abafadas da noite entre amigas. Jenn cantarolava algo na cozinha enquanto preparava pipoca, e Carla já havia se recolhido para o quarto com um livro.

Susan, no entanto, permanecia sentada no sofá da sala, os olhos fixos na janela. Um incômodo estranho pulsava em sua pele, uma espécie de inquietação na espinha. A princípio, ela achou que fosse cansaço. Ou saudade.

Mas então veio a dor.

Súbita. Aguda como uma lâmina atravessando o peito.

Susan arfou e levou as mãos ao coração, tombando ligeiramente para frente como se algo dentro dela tivesse sido violentamente puxado. O chá que segurava caiu no tapete, espalhando o líquido quente e escuro.

— S-Susan?! — Jenn correu até ela, alarmada.

— Não... Não me toca! — Susan sussurrou, as pupilas dilatadas, os olhos vidrados em algum ponto invisível. — Ele... Ele...

A alma dela tremia.

O vínculo... Se contorcia, como uma corda sendo torcida até quase arrebentar. Um peso estranho, como se um espelho tivesse rachad