TRÊS DIAS DEPOIS - MANSÃO RURIK
O quarto de Dmitry estava sempre em meia penumbra. As cortinas fechadas filtravam a luz da manhã em filetes dourados, e a lareira encantada mantinha o ambiente em uma temperatura morna, constante.
Susan dormia entre lençóis de algodão fino, com a respiração tranquila. A palidez começava a recuar das suas bochechas, e embora ainda frágil, ela parecia menos vulnerável a cada amanhecer.
Dmitry trabalhava no sofá ao lado da cama. O notebook sobre os joelhos, anotações abertas em hologramas rúnicos flutuando ao redor. Mesmo ali, envolto em burocracias do clã e relatórios de segurança, os olhos dele voltavam para ela a cada cinco minutos.
O corpo de Dmitry queimava. Não de febre, mas de algo mais instintivo.
Desejo. Necessidade. Fome.
Ela estava ali. Viva. Respirando. E ele queria tocá-la. Queria envolvê-la em seus braços, sentir a pele dela nua contra a dele, marcar cada centímetro. Tudo o que fosse possível para provar a si mesmo que ela estava viva, e dele