Na mansão Rurik, o quarto de Dmitry pulsava em outro tempo. Longe do mundo. Longe das intrigas e sangue. Ali, restava apenas o que sobrevivera ao caos: ela.
Susan.
Já caminhava com mais firmeza, os olhos atentos. A pele mais quente, viva. Vestia apenas uma camisola leve de seda preta, fina como névoa, os cabelos soltos em ondas rebeldes.
Ela o observava enquanto ele lia junto à lareira acesa. Dmitry usava apenas uma camisa parcialmente aberta e calças de tecido escuro. A luz dançava sobre os músculos tensos de seus ombros, a tatuagem tribal de seu clã desenhando linhas obscuras em seus antebraços, que pareciam respirar junto com ele.
Ela se aproximou em silêncio.
— Dmitry… — Disse, com voz baixa. — Você não está dormindo.
Ele ergueu os olhos. Olhos de aço, pesados de noites em claro e sentimentos que ardiam sob a pele.
— Não posso. Não depois do que aconteceu. Não consigo fechar os olhos sem lembrar do seu sangue… Do silêncio do monitor quando você… Susan, eu… — A voz dele falhou.
Ela