A sala privativa de Alexei era um contraste nítido com o restante da mansão Rurik. Moderna, com linhas sóbrias, sofás de couro preto, uma parede inteira de vidro fumê e uma lareira de bioetanol acesa. Mais por estética do que por necessidade.
O ambiente cheirava a madeira polida, fumaça suave e vodca envelhecida. Um refúgio silencioso no meio do caos que rondava Dmitry.
Sasha entrou como se fosse dono do lugar, desabotoando o colarinho da camisa enquanto passava a mão pelos cabelos. Jogou-se na poltrona com a descontração típica de quem já nasceu em cima do trono.
— Você viu aquilo? — A risada foi baixa, carregada de malícia. — Dmitry tá marcado. Até o osso. Aquela mulher... Ela é o tipo de encrenca que desmonta até rei.
Alexei, no bar, serviu dois copos de vodca escura. Não respondeu de imediato. Quando se virou para entregar um dos copos, seus olhos estavam mais sérios que o habitual. Sem o humor cortante de sempre, sem o sarcasmo que costumava disfarçar o que realmente sentia.
— C