Dmitry ainda observava Susan, o corpo relaxado na poltrona, mas a mente alerta. Sua presença acalmava a fera dentro dele… E, ao mesmo tempo, a atiçava. Um paradoxo que ele ainda não sabia como administrar.
Ela quebrou o silêncio, a voz tranquila, mas com uma firmeza discreta.
— Dmitry… Você vai me devolver minhas coisas?
Ele inclinou levemente a cabeça, os olhos estreitando.
— Que tipo de coisas?
— Meu celular. Documentos. Minha bolsa toda, na verdade. — Ela descruzou as pernas, se endireitando na poltrona. — Você me tirou daquele táxi como se fosse cena de filme de ação… E não me deixou pegar nada. Nem minha dignidade.
Dmitry reprimiu um sorriso, mas o Lycan em seu interior rosnou, impaciente.
“Ela quer sair. Quer ir pra longe. Não pode. Ainda não. Ela pertence a nós.”
Dmitry não respondeu à criatura, embora também sentisse o mesmo incômodo.
— Eu mandei trazer suas coisas. Estão guardadas num dos quartos de hóspedes. Quanto ao celular… — Ele se levantou devagar, com a calma controla