Dmitry observava o prédio onde Susan morava, o motor do carro desligado, mas a tensão dentro dele ainda pulsando. A rua estava silenciosa, as luzes urbanas se tornando borrões distantes sob seus olhos.
Ali, naquele andar iluminado, ela estava. Frágil à primeira vista… Mas ele sabia. Susan não era frágil. Ela era resistência. Era negação. E, por isso, era ainda mais perigosa.
Ela era diferente.
Ele conhecia mulheres. Sabia o jogo, as manipulações, as rendições rápidas ou teatrais. Mas Susan… Susan o enfrentava com olhos que a denunciavam mesmo quando a boca insistia em mentir.
Ela o desafiava. Fazia cada fibra de seu corpo implorar para tomá-la de novo. E ele tomaria. Mas não era só o corpo dela que ele desejava. Era o todo.
Era a confusão em sua mente, o medo, a vergonha, o desejo que ela escondia mal. Era isso que o consumia.
Ela.
“Ela tá fugindo de nós…”
A voz do lycan soou dentro de sua cabeça, mais baixa, mas carregada daquele sarcasmo animalesco, com a malícia de quem saboreava