A água quente escorria pelas costas de Susan, como se pudesse lavar não apenas o sangue invisível, mas o peso que esmagava sua alma.
Sentada no chão frio do box, pernas dobradas contra o peito, os braços envolvendo o corpo, os olhos cerrados como um escudo, ela parecia suspensa fora do mundo.
No ambiente, ainda vibravam os resquícios da magia invocada. Uma energia escura, densa, pulsante. Aos olhos comuns, nada havia ali. Mas Dmitry sentiu. Oh, ele sentiu.
No instante em que Susan derramou sangue, algo se rasgou no véu entre os mundos. Uma pressão esmagadora atravessou os muros da mansão, e a essência de Dmitry, em carne e fera, estremeceu.
“Ela…” Rosnou sua fera interior, inquieta. “Ela invocou poder antigo. Poder de julgamento. Ela não é apenas nossa predestinada. É a mão da Deusa.”
O coração de Dmitry acelerou, o Lycan uivando por dentro, dividido entre proteção e adoração.
Sem esperar, ele empurrou a porta do quarto, cruzou as sombras e foi até o banheiro. Lá dentro, o cheiro de