A pequena cabana de madeira, no limite da floresta, cheirava a sangue, álcool e ervas queimadas. Sasha entrou primeiro, empurrando a porta com um rangido irritante. No centro, sobre uma mesa tosca, jaziam dois corpos cobertos até a cintura com panos. O cheiro da morte era denso, quase sólido.
Mikhail pigarreou, nervoso.
— Eles… Foram encontrados ontem à noite. Tentamos manter longe do vilarejo, não queríamos pânico.
Sasha se aproximou devagar.
— Fez bem. — Ele puxou os panos de um deles com um gesto rápido. — Droga…
O peito do Lycan estava rasgado em longas lacerações, profundas demais para garras comuns. A mandíbula parecia deslocada, como se tivesse sido estilhaçada por dentro. As pupilas ainda estavam parcialmente dilatadas, congeladas no horror final.
— Isso não foi um urso. — Sasha murmurou, passando os dedos próximos às feridas sem tocar. — Olhem essas bordas… Queimadas? Como se… O sangue tivesse reagido.
Yuri se inclinou, franzindo a testa.
— Queimadas? Você acha que foi áci