Sasha ofegava, os olhos fixos no rastro escuro onde Kayno desaparecera. O vento gélido lhe cortava o rosto, mas era a dor que fazia tudo girar. Lentamente, ele levou a mão ao ombro perfurado, os dedos trêmulos tateando o osso exposto.
— Ah, que delícia... — Sussurrou, rangendo os dentes.
Com um grito abafado, segurou o braço quebrado com a mão boa e o puxou de volta para o encaixe. O estalo seco da articulação voltando ao lugar reverberou por todo o corpo. A dor o fez gritar. Um som primal, quase um rosnado. Seus olhos âmbar brilharam intensamente, e por um segundo, as pupilas se expandiram, quase engolindo a íris.
As veias sob a pele pulsavam. O instinto estava ali, batendo à porta com unhas e presas.
Sasha caiu de joelhos, respirando fundo.
— Não. Agora não… — Murmurou, cravando os dedos na neve para se ancorar.
A pele sobre o ombro começou a se regenerar lentamente, músculos costurando-se sob a carne, os pelos finos retornando ao normal. A maldição — ou dom — dos Lycans, trabalhava