— Já voltou pra sua casa? — indagou ele, lançando-lhe um olhar curioso.
— Não — murmurou, envergonhada. — Carlo, pode me levar para este endereço antes de ir para o seu escritório? — pediu, abrindo o papel.
— Claro!
Pouco depois, eles estacionaram diante de uma pequena casa na periferia. Luísa tocou a campainha mais de uma vez, até que a jovem, de cabeça baixa, a atendeu.
— Milena! — Empolgada, tentou abraçar, mas desistiu quando a outra mulher recuou.
Uma mancha arroxeada no braço de sua amiga chamou a atenção.
— O que houve? — perguntou Luísa, alarmada. — Você precisa de ajuda?
— Por favor… vá embora, Luísa — A voz de Milena era quase inaudível.
Antes que Luísa pudesse reagir, um homem alto e magricela surgiu atrás de Milena, agarrou-a pelos cabelos e a puxou.
— Dá um fora daqui, piranha… — O bafo de bebida destilada saiu da boca dele, quando xingou Luísa.
— Quem você pensa que é para me tratar dessa maneira? — começou Luísa, instintivamente avançando.
— Não te interessa, vagabunda